Prevalência do TEA: novo estudo aponta que autismo pode ocorrer com tanta frequência em meninos quanto meninas
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Um estudo realizado pela Universidade de Minessota, em Mineápolis, nos Estados Unidos (EUA), vem desafiando achados consistentes que afirmam que o autismo é quatro vezes mais diagnosticado em meninos do que em meninas.
Coordenado pela pesquisadora Catherine Burrows, professora assistente do Departamento de Pediatria da referida instituição, o estudo avaliou como ferramentas comumente utilizadas para mensurar traços de TEA capturam trajetórias de meninos e meninas de forma diferente. Após ajustar vieses, o time de Burrows foi capaz de identificar, aproximadamente, porcentagens iguais de meninos e meninas autistas.
Os pesquisadores estudaram 377 crianças, cada uma com um irmão mais velho autista (o que situa esses irmãos mais novos como com alta probabilidade de serem, também, diagnosticados com autismo). Tais crianças foram avaliadas 4 vezes nos 6 meses de idade e 5 anos. 86 dos caçulas que participaram da pesquisa foram, então, diagnosticados com TEA aos 2 anos de idade, sendo 20 meninas parte desse grupo, o que torna a proporção entre sexos de pouco mais de 3 para 1.
Por fim, do total, foram identificados 4 subgrupos com base em como as dificuldades em comunicação social ou comportamentos restritos e repetitivos mudavam ao decorrer do tempo. Em cada grupo estabelecido, a proporção entre os sexos foi de quase 1 para 1.
“Os achados sugerem que médicos podem identificar meninas autistas de forma mais precisa uma vez que se examinem como traços de TEA se revelam com o passar do tempo, o que é especialmente válido para crianças em que tais traços as colocam abaixo do limiar para diagnóstico precoce de autismo”, explicou Burrows. Nesse sentido, ao rastrear crianças durante múltiplos momentos temporais do desenvolvimento e prosseguir com as avaliações, é possível identificar e diagnosticar meninas que, em outras circunstâncias, poderiam ser desconsideradas como autistas na prevalência.
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