A prevalência do Transtorno do Espectro Autista (TEA) em crianças norte-americanas segue em crescimento, sugere recente estudo
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Um estudo publicado em 5 de julho pelo jornal JAMA Pediatrics, sugere que a prevalência de Transtorno do Espectro Autista (TEA) em crianças e adolescentes norte-americanos continua a crescer. Entre os anos de 2019 e 2020, esse número correspondeu a uma estimativa de 3,14%, ou seja, 1 a cada 30 crianças/adolescentes, com idades entre 3 a 17 anos e norte americanos, são autistas. Em 2018, segundo dados do Centro de Controle de Doenças e Prevenção do governo dos EUA (CDC), esse número era de 1 a cada 44 crianças/adolescentes.
O atual estudo, liderado pelo pesquisador Wenhan Yang, utilizou dados levantados na National Health Interview Survey (NHIS), pesquisa do CDC que coleta informações relacionadas à saúde de norte-americanos por meio de entrevistas domésticas. De 12.554 indivíduos, 410 reportaram, entre 2019 e 2020, ter o diagnóstico de autismo. Os resultados estimaram a prevalência de TEA em, aproximadamente, 2.79% em 2019 (1 autista em cada 35 crianças/adolescentes) e 3,49% em 2020 (1 autista a cada 28 crianças/adolescentes).
Mais um dado divulgado do estudo foi que o TEA continua mais prevalente em meninos do que em meninas, porém, comparado a outro dado de diversos outros estudos (4 meninos para cada 1 menina), esse número diminuiu, correspondendo a 3,55 meninos para cada 1 menina. No estudo, os pesquisadores, ainda, constataram que o transtorno se demonstrou mais prevalente em famílias de baixa renda.
Apesar de os autores não terem elencado variadas razões para o aumento na prevalência verificado nos resultados, uma das hipóteses levantadas é a de que pais e responsáveis passaram a ficar atentos e buscar pelo diagnóstico com o aumento da conscientização sobre o TEA. Outra das hipóteses diz respeito ao aumento, nos Estados Unidos, do número de serviços disponíveis para diagnóstico e intervenção no autismo.
Fonte: JAMA Network (JAMA Pediatrics)

Esse estudo levanta uma dúvida será que sempre foi assim ou realmente há uma incidência maior?. Os estudos sobre o autismo deveriam ser mais intensos pois parece que estamos diante de uma epidemia, qual pai qual mãe não sonha em ver seu filho se desenvolvendo bem ou acima da média?. Há muitas perguntas sem respostas. É genético qual o geni? É possível prevenir? É possível reabilitar os casos mais graves? E os casos “leves”?. Precisamos de muitas respostas. Quando vamos ter de fato mais estudos e interresse políticos
Excelente comentário, Vitoria! É um estudo que não explora hipóteses para a mudança na prevalência mas que cogita que essa mudança possa estar ocorrendo em virtude de um aumento na conscientização e, consequentemente, maior busca pelos diagnósticos. Por aqui, em Fortaleza (CE), um grupo de alunos da UFC e da UECE, orientados pelo professor Sulivan Mota, estão desenvolvendo pesquisa para identificação do autismo, de forma precisa e precoce, já pelo teste do pezinho. É um passo interessante, né? Vamos acompanhando!
Preocupante este aumento, principalmente na classe de baixa renda. É necessário mobilização e construção de Políticas Públicas para a garantia dos direitos menos favorecidos. Eu, tenho buscado muito o conhecimento, fiz pedagogia e concluindo psicopedagogia clinica e institucional, para melhor intervir na vida da minha filha , e após est conclusão ajudar as famílias com crianças com deficiência, principalmente no processo de aprendizado. Estou junto nesta luta, conhecimento e garantia de direitos, e o pleno exercícios das potencialidades e habilidades destas crianças jovens e adultos .
Com certeza, Regina, mobilização é fundamental para atentarmos a essa população. Por aqui seguimos muito atentos às pesquisas para acompanhar como esses dados vão se modificando. Parabéns por sua trajetória e, no que pudermos contribuir, conte conosco!
Muito bom o conteúdo. Simplificou todo o estudo para que nós pais possamos estudar e entender! Parabéns.
Agradecemos muito pelo feedback, Monalissa! Convidamos você a seguir nos acompanhando por aqui pois traremos ainda mais estudos interessantes por aí!